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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sistema de Zonas
Ulbra 2012/1 Prof. Fernando Pires


            O Sistema de Zonas é uma técnica, desenvolvida por Ansel Adams e Fred Archer por volta de 1940, para determinar a melhor exposição possível para um filme fotográfico, a fim de obter o melhor resultado final nas imagens impressas. Este sistema baseia-se numa escala de tons, dividida em zonas, que vai do preto máximo ao branco puro, como mostrado na Ilustração 1 abaixo:  


Ilustração 1: Escala de Tons



            A escala de tons vai da zona 0 (preto máximo) à zona X (branco puro), passando pela zona V que é a zona referente aos meios-tons ou cinza médio correspondente a 18% de refletância. Segundo estudos a maioria dos objetos refletem 18% da luz que incide sobre eles. No processo fotográfico, à medida que nos afastamos da zona V em direção às extremidades vamos perdendo informações como a textura e o contraste. A Ilustração 2 mostra uma descrição simplificada de cada zona.



Ilustração 2: Tabela de Zonas


            Diferentemente, da visão humana, o processo fotográfico não consegue captar todos os detalhes de uma imagem, assim torna-se necessário um planejamento adequado para que se consiga uma fotografia com o mínimo de perdas que ocorrem principalmente nas áreas muito escuras ou nas com muita luminosidade. Apesar, de esta técnica ter sido desenvolvida para trabalhos com filmes preto e branco, também pode ser aplicada para filmes coloridos e fotografia digital.
            Muitas vezes as cenas que estão sendo fotografadas possuem diferentes pontos de refletância  que vão dos tons mais claros aos mais escuros, porém o fotômetro realiza a medição levando em consideração os meios-tons, realizando assim, a exposição adequada para os elementos que estão na Zona V.  A Ilustração 3 mostra um exemplo da escala de tons no sistema de zonas.



Ilustração 3: Escala de Tons no Sistema de Zonas

            A diferença de uma zona para outra vizinha equivale a um ponto de diafragma ou velocidade, que pode ser para baixo ou para cima, ou seja, mais escuro ou mais claro.
            O sistema de zonas não serve apenas para representar um assunto fotografado da maneira mais realística possível, com este método é possível representar uma determinada região com qualquer zona, dependendo da interpretação desejada. Para isto teremos de manipular o filme através de sub-revelações ou super-revelações. Quando fazemos o teste do filme determinamos uma revelação normal ( N ), a partir deste tempo determinamos os outros tempos de revelação para deslocarmos uma zona clara para mais clara ( N+ ) ou para mais cinza (N -). Costumamos representar uma revelação que desloca uma zona para mais como N+1, deslocando duas zonas N+2, etc. O mesmo acontece para menos. Estes tempos devem ser determinados via teste.

Bibliografia

ADAMS, Ansel. O negativo. São Paulo: SENAC, 1999-2000.


site pesquisado http://raphaelfraga.wordpress.com/2009/09/22/ansel-adams-sistema-de-zonas/