O Sistema de
Zonas é uma técnica, desenvolvida por Ansel Adams e Fred Archer por volta de
1940, para determinar a melhor exposição possível para um filme fotográfico, a
fim de obter o melhor resultado final nas imagens impressas. Este sistema
baseia-se numa escala de tons, dividida em zonas, que vai do preto máximo ao
branco puro, como mostrado na Ilustração 1 abaixo:
Ilustração 1: Escala de Tons
A escala de tons vai da zona 0
(preto máximo) à zona X (branco puro), passando pela zona V que é a zona
referente aos meios-tons ou cinza médio correspondente a 18% de refletância. Segundo
estudos a maioria dos objetos refletem 18% da luz que incide sobre eles. No
processo fotográfico, à medida que nos afastamos da zona V em direção às
extremidades vamos perdendo informações como a textura e o contraste. A
Ilustração 2 mostra uma descrição simplificada de cada zona.
Ilustração 2: Tabela de Zonas
Diferentemente,
da visão humana, o processo fotográfico não consegue captar todos os detalhes
de uma imagem, assim torna-se necessário um planejamento adequado para que se
consiga uma fotografia com o mínimo de perdas que ocorrem principalmente nas
áreas muito escuras ou nas com muita luminosidade. Apesar, de esta técnica ter
sido desenvolvida para trabalhos com filmes preto e branco, também pode ser
aplicada para filmes coloridos e fotografia digital.
Muitas vezes as
cenas que estão sendo fotografadas possuem diferentes pontos de
refletância que vão dos tons mais claros
aos mais escuros, porém o fotômetro realiza a medição levando em consideração
os meios-tons, realizando assim, a exposição adequada para os elementos que
estão na Zona V. A Ilustração 3 mostra
um exemplo da escala de tons no sistema de zonas.
Ilustração 3: Escala de Tons no Sistema de
Zonas
A diferença de
uma zona para outra vizinha equivale a um ponto de diafragma ou velocidade, que
pode ser para baixo ou para cima, ou seja, mais escuro ou mais claro.
O
sistema de zonas não serve apenas para representar um assunto fotografado da
maneira mais realística possível, com este método é possível representar uma
determinada região com qualquer zona, dependendo da interpretação desejada.
Para isto teremos de manipular o filme através de sub-revelações ou
super-revelações. Quando fazemos o teste do filme determinamos uma revelação
normal ( N ), a partir deste tempo determinamos os outros tempos de revelação
para deslocarmos uma zona clara para mais clara ( N+ ) ou para mais cinza (N
-). Costumamos representar uma revelação que desloca uma zona para mais como
N+1, deslocando duas zonas N+2, etc. O mesmo acontece para menos. Estes tempos
devem ser determinados via teste.
Bibliografia
ADAMS, Ansel. O negativo. São Paulo: SENAC, 1999-2000.
site pesquisado
http://raphaelfraga.wordpress.com/2009/09/22/ansel-adams-sistema-de-zonas/